Retiro 2014

Retiro 2014

“Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que
vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês,
que está nos céus" Mateus 5:16
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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Boletim - 26/05/2013


Ensinando a felicidade

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor. Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade. Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.
Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes. Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.  É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?
Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir. Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.
O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.
Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.
Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.
Eliane Brum - jornalista


AVISOS


DIP
O quarto domingo de maio é mundialmente conhecido como o Domingo da Igreja Perseguida, quando várias igrejas se unem em oração pelos nossos irmãos que vivem debaixo dessas condições. Assim, teremos uma programação especial pela manhã e logo mais, às 18h, estaremos todos juntos aqui como igreja para interceder.

ConectCamp 2013
Não há mais vagas! Aqueles que ainda não tem, por favor, solicitem a um dos diáconos o Boletim do CC2013, com todas as informações mais importantes. Aqueles que puderem acertar o restante com a Carol ainda hoje favorecem a organização.

Ainda faltam 3 dias de oração...
...pelo ConectCamp. Ore diariamente por cada aspecto envolvido. Pedimos que todos os membros da igreja permaneçam em oração pela vida de cada acampante, para que o retiro seja um marco em suas vidas!

18º Mutirão de Oração...
...por crianças e adolescentes em vulnerabilidade social. Será de 31 de maio a 2 de junho, conforme o seguinte cronograma:
29/5 - Oração nas escolas
31/5 a 2/6 - Orações individuais
1º/6 (sábado)- Departamentos
SAF - 13h às 14h
UPH - 14h às 15h
Lar Cristão - 15h às 16h
SAF - 16h às 17h
2/6 (domingo) - vídeo e debate - 18h

Parabéns jovens!
Na IPB comemora-se o Dia do Jovem no quarto domingo de maio. Louvamos a Deus pela vida de cada jovem que tem cumprido sua missão entre nós!

Jantar dos Namorados
Será no dia 15 de junho, guarde desde já essa data! A UMP está trabalhando para fazer um evento que abençoe ricamente a vida de cada casal. Aguarde mais informações!

Aniversariantes 
Hoje    Ivete Maria Trócilo Silva   
Dia 28    Anne Marques Tavares   
Dia 28    Ismar Gonçalves da Silva   
Dia 28    Laura Trócilo Miranda   
Dia 28    Pedro Galoza de Azevedo   
Dia 30    Andréia Patricia L. Cavalcanti    
Dia 30    Mariah Galoza de Azevedo   
Dia 31    Gabriela Leite da Fonseca   
Dia 31    Marcos Saraiva & Cyléia   
Dia 1    Pedro Teixeira T. Rodrigues     

Escala do culto infantil
Hoje 
Flávia
Dinamizadores: Amanda, Vania e Douglinhas
Louvor: Mariah e Lucas Sarkis
Berçário: Neia 

1º Domingo
Magaly
Dinamizadores: Ana Carolina, Jéssica
Louvor: Douglinhas, Mariah e Lucas Sarkis
Berçário: Ione

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