Retiro 2014

Retiro 2014

“Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que
vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês,
que está nos céus" Mateus 5:16
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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Boletim 28 fev 2010

O poder libertador da confissão

Na confissão abre-se a passagem para a comunhão. O pecado quer ficar a sós com o homem e subtraí-lo à comunhão. Quanto mais solitário o homem, mais destruidor será o pecado em sua vida, e quanto mais profundo o envolvimento com o pecado em sua vida, mais desesperadora a solidão. O pecado faz questão de permanecer no anonimato. Ele teme a luz. Escondido na escuridão do que não se verbaliza, ele intoxica todo o ser do homem. Isso pode acontecer no meio da comunhão piedosa. Na confissão, a luz do Evangelho irrompe nas trevas o hermetismo do coração. O pecado há de ser trazido à luz. O que ainda não foi verbalizado é agora dito abertamente e confessado. Todas as coisas secretas e ocultas ficam agora manifestas. É dura a luta até que os lábios conseguem pronunciar a confissão do pecado. Mas Deus “arromba as portas de bronze e quebra as trancas de ferro” (Sl. 107.16). A confissão dos pecados na presença do irmão crente derruba os últimos redutos da auto-justificação. O pecador rende-se, abandona todo o mal que há nele, entrega o coração a Deus e encontra o perdão de todos os seus pecados na comunhão de Jesus Cristo e dos irmãos. O pecado uma vez expresso e confesso já não tem poder, pois foi manifesto como pecado e julgado como tal (...)
Na confissão se abre a passagem para nova vida. Está realizada a ruptura com o passado ali onde se odeia, confessa e perdoa o pecado. “As coisas antigas já passaram.”

Dietrich Bonhoeffer
Do livro “Vida em Comunhão”

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